O Sonho Não-Tão-Distante de Miguel Nicolelis

Robot-monkey-terminators_thumb O Sonho Não-Tão-Distante de Miguel Nicolelis

 

“Tire sua pata fedorenta virtual de mim, seu maldito macaco sujo!”

Essa semana a mídia mundial entrou em polvorosa com a divulgação de um artigo publicado na Nature.Nele é descrito uma pesquisa do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke.

Assinado pelo Co-Diretor do Centro, o brasileiro Miguel Nicolelis, o artigo detalha o último avanço de seu grupo, que estuda interação cérebro-computador. O objetivo é viabilizar membros cibernéticos controlados diretamente pelo cérebro, não por eletrodos em músculos do ombro ou outros métodos igualmente imprecisos.

Nas fases iniciais da pesquisa lá em 2003 inseriram eletrodos ultrafinos no córtex motor do cérebro de macacos, enquanto os ensinavam a usar um joystick e mover um cursor em uma tela de computador. Quando o macaco fazia o movimento correto, ganhava uma recompensa.

Com o tempo o joystick foi retirado, mas os macacos aprenderam a mexer o cursor repetindo os movimentos. Logo, para surpresa dos pesquisadores os símios pararam de mexer o braço, comandavam o cursor apenas com a mente, seu cérebro havia criado um “braço virtual”.

O truque aqui é que estão se valendo do cérebro ser um órgão altamente adaptável, mesmo quando adulto.

Na pesquisa publicada na Nature foram além, Nicolelis diz que criaram uma interface cérebro-máquina-cérebro. Veja o vídeo abaixo:

Uma nota de rodapé sobre judeus, nazistas, ouro e cientistas geniais

dehavilland-dh98-mosquito_11_thumb Uma nota de rodapé sobre judeus, nazistas, ouro e cientistas geniais

Em 1943 uma irritante (para os nazistas) ponte-aérea estava plena atividade: Entre a neutra Suécia e a Inglaterra uma série de De Havilland Mosquitos como o da foto transportavam cargas de rolamentos de precisão para a Inglaterra.

Adaptado de seu propósito original de caça-bombardeiro, entre as diversas variações estava a de carga, que mantinha as características revolucionárias da aeronave, voando alto e rápido demais para ser interceptado pela Luftwaffe. Só que dessa vez o Mosquito voava baixo. Arriscado, mas uma decisão do piloto que pode ter mudado o destino da Guerra.

O Mosquito estava adaptado para levar no compartimento de bombas um passageiro. Com pára-quedas, máscara de oxigênio e uma lâmpada de leitura, um sujeito poderia viajar –deitado- se fosse caso de extrema necessidade. Era, mas o passageiro VIP, a Carga Preciosa (como aprendemos nos videogames) não respondia ao contato pelo sistema de rádio interno.

Temendo o pior, o piloto nivelou muito abaixo dos 8.839m de altitude máxima atingida pelo Mosquito, confiando que voar baixo a 610Km/h seria suficiente para evadir os alemães. Para sorte do mundo e do físico Niels Bohr, foi.

No compartimento de bombas Bohr dormia feito um bebê, depois de ter apagado pela falta de Oxigênio –não colocou a máscara direito- e nem percebeu que quase morreu. Talvez tenha até sonhado com dois grandes frascos abandonados em seu antigo laboratório em Copenhague.

Polêmica Artificial do Dia: Site de humor é pra ser levado a sério?

O Onion é o mais bem-sucedido jornal de humor dos EUA. Começou em 1988 igual ao planeta diário, um tablóide de faculdade, mas como lá há ESCALA, cresceram e hoje são um pequeno império, com programas de TV mega-produzidos, um portal de primeira, etc, etc, pacote completo.

Só que eles SEMPRE foram um site de notícias falsas, como o Sensacionalista e o Diário de Barrelas. As manchetes vão de “Capitólio terá cúpula retrátil para dias de Sol” a “Deus responde a orações de garotinho aleijado. ‘NÃO’, diz Deus”.

É comum veículos principalmente de fora dos EUA pautarem matérias do Onion como se fossem verdadeiras, e até o New York Times cai de vez em quando, mas minha esperança é que pérolas que são primor de sarcasmo como esse vídeo abaixo não sejam entendidas como verdadeiras.

O texto, como quase tudo que vem do Onion é genial: “Jovem branca será julgada como negro adulto”. Sem explicar (muito) a piada, o vídeo fala da decisão do tribunal, dada a seriedade do crime –a jovem teria matado uma amiga com golpes de chave de fenda- ela perderia o privilégio de ser julgada como uma americana branca jovem e bonita.