A internet escolheu como Cristo da Semana (passada) o tal do Pewdiepie, tudo por causa de um vídeo onde ele pagou dois (outros) idiotas para segurar uma faixa pedindo Morte Aos Judeus. Do outro lado estão defendendo que foi só uma piada, uma piada ruim mas uma piada. Eu digo que não. Foi no máximo um exercício de zoeira aleatória, típico de quem não entende NADA sobre humor e sua estrutura.
A polêmica da semana começou com o youtubeiro nazista monstro malvado que na prática não é nada disso, só um mané, como todo YouTubber. Eu disse começou, agora a coisa chegou no ponto em que o Wall Street Journal foi bater na porta do cara OFERECENDO ESPAÇO pra ele se defender. Problema: Ele tem umas 10x mais audiência que o WSJ.
Um hacker invadiu o celular da Primeira Dama Marcela Temer e a chantageou ameaçando vazar áudios comprometedores e fotos íntimas, lembra? Tudo bem, quase ninguém lembra, mas agora todo mundo vai saber, o Planalto entrou na Justiça para impedir a Folha de divulgar o conteúdo das mensagens, e uma notícia irrelevante virou o centro das atenções. Isso tem nome: Efeito Streisand.
No texto anterior abordei como as editoras estão perdendo a mão, e transformando histórias em quadrinhos em panfletagem para a militância de internet. Hoje vamos ver as consequências práticas disso, e como a Realidade DE NOVO não correspondeu ao prometido e esperado pelos lacradores de plantão. SEGURA QUE LÁ VEM TEXTÃO!
A indústria de quadrinhos sofreu uma mudança drástica no último ano. As histórias estão cada vez mais panfletárias, repletas de discurso militante. Isso está gerando um efeito ruim, afastando muitos leitores. Mas será que o problema são as causas ou a abordagem? Será que é a primeira vez que quadrinhos lidam com questões sociais? Spoiler: Não.
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