Ô MEU, CADÊ MINHA GRANA?

new-york-daily-news-house-of-turds-cover-boehner_thumb Ô MEU, CADÊ MINHA GRANA?Com o fechamento do Governo dos EUA muito comunista está comemorando o fim do capitalismo, bla bla bla, como se aqui toda semana não houvesse o mesmo joguinho de chantagem de não votar o orçamento da União. Lá mesmo só de 1976 pra cá foram 18 fechamentos do Governo, em uma clássica pirraça onde a oposição chantageia a situação. Democratas e Republicanos agem da mesma forma, afinal ELES continuam sendo pagos.

Já outros ramos do governo, não.

O principal efeito do fechamento do Governo dos EUA é que todo mundo passou a conhecer o termo “furloughed”, que equivale maaais ou menos a “licença não-remunerada”, ou “se fode aí”.

Outros efeitos incluem fechamento de parques nacionais e monumentos, fechamento da NASA, fechamento de programas de adoção de cavalos selvagens e burros, cemitérios federais fecharão, o programa de monitoração de asteróides parou de funcionar, o staff da Casa Branca responsável pelo Presidente cairá de 90 para apenas 15 pessoas, órgãos públicos não ligados diretamente a serviços essenciais e segurança serão reduzidos a um staff mínimo e mesmo os que ficam, não receberão salário.

Quem diria, submarino caprichou no viral!

viralzinho_thumb Quem diria, submarino caprichou no viral!

Uma das coisas que mais me cansa na propaganda atual, e me fazem ter saudades do tempo em que publicidade se resumia a peças criativas dentro de formatos rígidos, como anúncios, comerciais e spots, é a mania do viralzinho.

Originalmente o viral seria uma peça de propaganda que caiu no gosto do público, e foi replicada espontaneamente. Aí vieram os especialistas em seeding, técnicas de viralização e, sendo sincero, enganação e mentira pura e simples.

Marido pendurado do lado de fora da janela, vídeo “amador” filmado na rua, tudo pra parecer verdade, fazer com que incautos e desavisados achem que é verdade, e passem adiante. A criação se rendeu ao marketing que se rendeu à psicologia e a idéia morreu. Enganar é muito mais simples do que maravilhar.

Felizmente nem todo mundo pensa assim, e bato palmas pra essa ação da M&C Saatchi, de Milão. Para promover a Life Park, uma seguradora da cidade, resolveram apelar pro velho e batido acidente de carro simulado, mas ao invés de mostrar dois fuscas raspando lataria, ou um videozinho safado fingindo uma colisão, chutaram o pau da barraca.

O carro-vítima foi encacetado por nada menos que um submarino nuclear russo. No meio de Milão.

Gamers: Os donos de canil que no fundo amam ser vira-latas

Cuban-stray-dog_thumb Gamers: Os donos de canil que no fundo amam ser vira-latas

Antigamente eu achava que a culpa era da geração de meus pais e avós, um bando de luditas retrógrados ainda espantados e assustados com a novidade da eletricidade. Tudo que fosse eletrônico (ok, elétrico) era visto com desconfiança.

O “amigo do pai”, a eterna figura esotérica que sempre sabia mais de tudo sobre tudo era categórica: “Videogame estraga televisão”. Ficávamos restritos a ligar nossos Telejogos (velho é velha!) em TVs preto-e-branco, de 2 ou 3 polegadas. Que NUNCA queimavam, claro. Já a colorida da sala, se você passasse com a caixa do Atari a menos de 10m dela e a TV desse problema no vertical 6 meses depois (de novo, velho é a sua avó!) a culpa CLARO era do videogame. Nem assassinatos em massa nos EUA são tão culpados por videogames quanto defeitos de TV.

Isso incutiu um complexo de perseguição nos garotos (a única pessoa da minha rua que tinha Atari era uma menina, mas usei “garotos” pra irritar as feministas) que persiste até hoje. Achamos que videogame é coisa de criança. A IMAGEM de videogame é algo bobinho, a própria mídia contribui, mas sejamos sinceros: A mídia simplifica TUDO!