Jessica Rabbit Mostra a Cobra e Mata a Pau

Roger_and_Jessica_Rabbit_thumb Jessica Rabbit Mostra a Cobra e Mata a PauNo único filme animado de Robert Zemeckys que não cai no Vale da Estranheza em uma cena o detetive Eddie Valiant pergunta a MAAAARAVILHOSA Jessica Rabbit o quê ela havia visto no Roger. Afinal qual a lógica de uma dona toda boa estilo pin-up de Hollywood casar com um coelho?

“Ele me faz rir”

Diversão é fundamental. RIR é essencial, o pequeno senso de deslumbramento do dia-a-dia, quando vemos uma notícia curiosa, uma imagem impressionante é algo que funciona como um pequeno empurrão, passa a idéia de que o Mundo é um lugar, apesar de tudo, legal.

Por isso a Internet tem sido uma Renascença pros Faits Divers, o estilo de jornalismo descompromissado dos grandes acontecimentos comuns a tabloides e órgãos menores. E pras sessões que os grandes jornais chamam de “cotidiano”. No G1 há o “Planeta Bizarro”, uma das seções mais populares, com matérias como “Casa que se assemelharia aos traços da face de Hitler vira sensação na web” e “Dona pinta cadela para animal ficar parecido com tigre”.

Como uma matéria dessas consegue tantos leitores? Simples: É entretenimento. É algo que não tem pretensão nenhuma, sequer de informar algo relevante. Pessoas leem essas notícias pelo mesmo motivo que prostitutas fazem sexo com os namorados: É divertido e não é obrigação.

Sexta-Feira uma cobra egípcia muito venenosa fugiu do Zoológico do Bronx. A Notícia saiu em alguns sites, e logo um palhaço criou… o Twitter da Cobra.

Skavurska em russo é bem melhor!

SKAVURSKA_thumb Skavurska em russo é bem melhor!Um dos grandes erros da propaganda tradicional é querer se manter tradicional. A idéia de criar personagens não é nova. Sem voltar muito no passado (ok, talvez seja voltando muito) o Garoto Bombril com o Carlos Moreno  é um exemplo clássico de idéia vencedora, mas isso funciona na Internet?

O nível de exigência dos espectadores é muito alto, eles não vão replicar algo que só funciona na TV a menos que seja genial, e não dá para ser genial o tempo todo, nem eu consigo. (viram? Fingi humildade, menti. Uma falha.)

Um segredo: Não é preciso ser genial para se destacar online. Ninguém precisa matar um leão de ouro por dia pra ser visto e replicado. Basta seguir uma regrinha muito simples, que horroriza clientes e publicitários burros:

Produza entretenimento, não propaganda.

É, assusta, afinal você, meu caro, está trabalhando com propaganda e seu cliente quer divulgar o produto dele. Não quer paitrocinar um estandapeiro de YouTube. Ele é um anunciante, não um mecenas.

Concordo plenamente, patrocínio é uma coisa, propaganda é outra.

Só que aqui nas interwebs ninguém gosta de propaganda. (fora também mas não temos saída) Há plugins para remoção de banners, gente que chega ao ponto de editar comerciais e remover a assinatura do anunciante no final e haters para acusar blogs cada vez que publicam um anúncio.

Nós gostamos é de entretenimento. Gostamos de conteúdo instigante, conteúdo que seja… LEGAL.

Trabalhar com personagens é um bom começo, mas “filminho com história” também já está batido.

Então como a Old Spice conseguiu fazer uma campanha de tanto sucesso usando um personagem caricato e baixo orçamento?

INTERAÇÃO.